“GIGANTE ADORMECIDO”
Martins pescador
Gigante verde que perdeu a cor
Façam silêncio p`ra não acordá-lo
Dorme tranqüilo no inquieto labor
Quando governos estão a roubá-lo.
Altos impostos são nossas divisas
Milhões... milhões, quem pode calcular?
Nossa pobreza não se ameniza
Tantos milhões aonde vão parar?!
Dorme, Gigante! Não pode acordar!
Ainda há o bastante, para te roubar!
Gigante verde de riquezas tantas
Não tens mais o verde, mesmo assim encantas
Ainda tens riquezas que de ti emanam!
Cantam os políticos, canções de ninar
Para o Gigante dormir e não acordar
E enquanto ele dorme, eles possam roubar.
São milhões... e milhões! Ninguém pode contar!
São os mesmos ladrões, que estão sempre a roubar!
Dorme Gigante, dorme tranqüilo
Num sono brilhante, perdendo teu brilho
Que um outro gigante te pôs a dormir.
Roubou-te o bastante, nem pudeste sentir.
Dorme Gigante e sonhas talvez
Que o povo é feliz, nesse sono profundo
Dorme Gigante ou acorda de vez
Descobre o que perdes a cada segundo.
Lindo Gigante, na sombra dormiste
Acorda! Acorda! Que a sombra sumiu!
Começaram roubando o teu Pau-brasil
Roubaram!... Roubaram!... Dormiste, não viste?!
Continuas dormindo e o sol a brilhar!
Riquezas sumindo, estão a roubar!
Acorda Gigante, dormiste demais!
Levanta e faze justiça e paz!
Porões tão escuros
Raposas vorazes
Com leis como escudo
Quantos Satanazes!
Dorme Gigante, sereno respiras
Ladrões elegantes, riquezas te tiram
Quem és, ó Gigante, que o povo admira?!
Que sono frustrante! Respiras... Suspiram...
Impeachment e C.P.I., te fizeram cócegas
Continuas a dormir. Que sono profundo!
Acorda, Gigante, e vê num instante
Riquezas que perdes, a cada segundo.