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quinta-feira, 24 de junho de 2021

A primeira parte do hino estigmatizado pela realidade atual

 

O vírus do espirrando

Às margens flácidas

De um povo heróico e gado retumbante

E o sol da liberdade em raios fúlgidos

Brilhou no céu da pátria nesse instante

Se o penhor dessa maldade

Conseguirmos afastar com braço forte

Em teu seio, ó falsidade

Desafia desse jeito a nossa sorte

Ó Pátria enganada, solapada

Salve! Salve!

Brasil, um roubo intenso, um raio triste

De dor e desespero à terra desce

Se em teu formoso céu, risonho e límpido

A imagem do cruzeiro que padece

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa pobreza

Terra roubada

Entra outros mil

És tu Brasil

Pátria roubada

Dos filhos deste solo

A mãe fugiu

Pátria roubada

Não viu?!

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

COMO TER UMA MOEDA VALORIZADA

 

COMO TER UMA MOEDA  VALORIZADA

 

            Um dos maiores problemas na economia de um país, principalmente aqueles que ainda estão em estágios de subdesenvolvimentos é lidar com a inflação de preços e desvalorização da moeda. Esses dois fatores são indicativos de fragilidade e instabilidade econômica. Muitos países da África e principalmente da América Latina não conseguem manter uma política de valorização da moeda. Em um mundo que adotou como modus de produção o modus capitalista, o valor da moeda é de fundamental importância para o crescimento da economia.

             Nas relações comerciais a moeda tornou-se o produto padrão de troca. Antes da introdução da moeda nas relações comerciais havia a economia de troca chamada também de economia de escambo. As pessoas trocavam um produto por outro. Um produtor que produzia arroz, por exemplo, e não produzia feijão, iria guardar uma certa quantidade do arroz produzido para o seu consumo e o excedente de sua produção iria trocar por outros produtos, que não produzia e tinha necessidade de adquiri-los. Assim iria trocar uma  certa quantidade do seu excedente de arroz por um certa quantidade de feijão, outra por uma certa quantidade de batatas, outra por tecidos e etc. Necessitava porém encontrar as pessoas que tinham disponíveis os produtos que ele pretendia adquirir e ainda combinar isso com o interesse dessas pessoas em adquirir o produto que ele tinha para troca. A moeda veio então para resolver de uma vez por todas esse problema facilitando essas relações.

            Com uma moeda que é aceita e pode ser trocada por qualquer produto o produtor vende o excedente de sua produção pegando moedas em troca e com elas facilmente adquire os produtos de que precisa. Essa introdução da moeda primeiramente se dá pelo uso do metal adotando certas quantidades de gramas em barras. Os metais utilizados foram prata, ouro e bronze, passando a ser substituídos depois o peso em grama por valor convencional impresso no metal. A prata que chegou a ter o grama mais valorizado que o ouro, por ser mais escassa, passou a ser mais abundante com as descobertas de grandes minas na América Latina nas épocas das colonizações, desvalorizando em relação ao ouro mas se firmando para o uso na representação do valor convencional impresso, valor esse que era rastreado por valores depositados em ouro nos bancos. Rapidamente já se passou para a utilização do papel, que como moeda representativa de um valor, possui um custo menor para os bancos que o emitem. A moeda foi adotada nas relações de trocas como um produto capaz de simplificar as trocas.

            Para entender como uma moeda é valorizada, é preciso entender como os produtos a que ela substitui, (e nas relações de trocas ela pode substituir qualquer produto) são valorizados. É preciso entender dois conceitos; o conceito do valor pela teoria da utilidade e o conceito de valor pela teoria de oferta e demanda. O conceito de valor pela teoria da utilidade basicamente se dá pelo valor de utilização do bem para satisfação de desejos e necessidades, dependendo portanto do grau desse desejo ou necessidade e da abundancia ou escassez do produto que se deseja. É o valor de uso que o produto tem para as pessoas, que aqui é diferente de preço. O conceito de valor pela teoria da utilidade é diferente do conceito de valor pela teoria de oferta e demanda. Para um maior aprofundamento da teoria da utilidade é recomendado ler a Teoria da Economia Política de Jevons.  Na teoria da oferta e demanda é tratada o valor do produto em termos de preço que pode variar em decorrência da oferta e demanda. Diferente da teoria da utilidade, não se trata aqui de analisar o grau de satisfação de necessidades pelo uso de um produto, mas unicamente quantidade de pessoas que procuram pelo produto e quantidade do produto em oferta. Se a quantidade ofertada ou produzida é menor que a quantidade procurada ou desejada para compra, o ajuste se dá pelo aumento do preço. Aumentando o preço, diminui-se a disposição de comprar uma quantidade maior chegando-se a um ponto de equilíbrio onde a quantidade que é produzida pelo produtor é igual a quantidade que o comprador está disposto a comprar. Quando a quantidade ofertada no mercado é maior que a quantidade procurada, o produtor baixa o preço do produto gerando uma disposição do comprador em comprar uma quantidade maior até igualar quantidade ofertada e quantidade procurada.  O preço nesse ponto é o preço de equilíbrio entre a oferta e a demanda. Qualquer variação na oferta ou na demanda irá consequentemente gerar uma variação no preço.

            O preço de uma moeda se dá pela mesma forma que se dá o preço de qualquer produto. A moeda como um produto está sujeita as mesmas leis que regem  a oferta e a demanda. O que é o valor de uma moeda? O valor de uma moeda é a quantidade de unidades dessa moeda (moeda de um pais) que é comprada por cada unidade de moeda de outro pais. Se podemos comprar um dólar com um real, logo o valor de um dólar é o mesmo valor de um real. Se em determinados tempos essa relação de valor muda, é porque houve alterações na oferta e demanda dessas moedas. Uma das ferramentas para um governo controlar a política cambial é a compra e venda da moeda que ele quer controlar o valor. Assim o governo brasileiro por exemplo pode realizar compra de dólar tirando-o de circulação e diminuindo sua oferta no mercado interno quando considerar que o valor do dólar está baixo e poderá prejudicar a economia brasileira. Essa interferência fará subir o valor do dólar. Quando considerar o valor elevado em relação ao real, poderá vender parte de suas reservas em dólar colocando uma quantidade maior em circulação, gerando maior oferta da moeda, o que pode fazer baixar o seu valor. Pode também realizar políticas com a circulação da moeda nacional, imprimindo mais moeda para gerar uma oferta maior e baixar o valor da moeda nacional ou recolhendo partes do volume em circulação para diminuir a oferta e fazer elevar o valor. Essas no entanto são políticas intervencionistas de controle cambial, mas que não garantem estabilidade de valores. Às vezes um pais vende todas as suas reservas em dólar e não consegue estancar a depreciação da moeda nacional. Qual seria então a grande sacada para um pais manter sua moeda forte mantendo um valor de paridade de compra equilibrado no mercado nacional e internacional? Tratar as relações internacionais da mesma forma que são tratadas em países de moedas fortes.

            Por que o dólar foi uma das moedas mais forte e estável? Porque nas relações internacionais eles criaram uma forte demanda por dólar exigindo tanto nas vendas como nas compras o pagamento em dólar. De certa forma todos os países que tem relações comerciais com os EUA precisam comprar dólar para realizar os pagamentos, tanto que ultimamente vem sofrendo uma grande desvalorização na Europa devido a mudanças de acordos entre Rússia e China que deixam de adotar o dólar no pagamento de suas relações comerciais representando uma grande queda na demanda forçando a desvalorização do dólar.

            A criação do mercado comum europeu e dotação de uma moeda própria, o Euro, garantiu estabilidade para essa moeda em um valor acima do dólar, porque a moeda foi adotada por um bloco de países de economias desenvolvidas. Ter o dólar como padrão global nas relações internacionais só beneficia a economia americana e parece que esse fato já foi percebido por muitos países nas relações internacionais. É preciso discutir o papel da moeda de cada país e firmar acordos internacionais de garantias e aceitação nas relações comerciais para que todos os países tenham uma estabilidade maior no valor de suas moedas.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

POLÍTICA DE CORDEL

 

POLÍTICA DE CORDEL

O que tinha esse povo

Dentro de cada cabeça

Encher de vermes a república

Deixar que ela apodreça

PÁTRIA AMADA E IDOLATRADA

Salve, salve-se quem puder

A pátria foi assaltada

Não vê isso quem não quer

Um príncipe ergueu a espada

Gritou por independência

Já quase duzentos anos

Independência de nada

Luiz Inácio do Sertão

Que aqui era o camarada

Obama disse  "é o cara"

Aqui disseram é ladrão

Só por ter dado ao pobre

Acesso a ganho e pão

Não entendem que mais pobre

São os que nega o pão

Quem quer partilha descobre

Que é comunista ou ladrão

Difícil mostrar ao nobre

Que o princípio é cristão

Uns tem coração de ouro

Outros de cobre ou latão

Depende a composição

Tem ferrugem e corrosão

Tem coração que é só banhado

É pura bijuteria

O dia que é apanhado

Desculpa-se "não sabia"

São quase duzentos anos

O pobre esperando o dia

No presente a escuridão

No futuro a utopia

Foi sempre uma escravidão

Nunca houve uma alforria

Os custos da senzala

Pesava na produção

O salário compensava

Esse custo do patrão

O pobre foi enganado

Por essa inovação

Trabalha e ganha dinheiro

É por conta a sustentação

Se esforça porque é "livre"

Sem entender a razão

Que o salário é o mesmo custo

De manter a escravidão

Quem é livre faz seu preço

E quem faz isso é o patrão

Mas livre logo me esqueço

Se já fui da escravidão

Vou logo metendo o preço

Quero ser sempre patrão

Ter o lucro que eu mereço

Vivendo da exploração

Um dia quem sabe um dia

Tudo será diferente

Duzentos anos a mais

Talvez outro presidente

Nem que seja outro ladrão

A dar ao pobre o que é bom

Esperança não se perde

Se perdura pelos séculos

Enquanto a política fede

Deixa os presentes incrédulos

Tudo é interesse próprio

Para o bem particular

No amor declarado à pátria

A intenção de roubar

Do pobre nenhuma dó

O que é bom é dado aos poucos

O que é ruim de uma vez só

Tem trabalhador pensando

Que é empresário e doutor

Só por ter uma lojinha

Uma oficina, um motor

Pensa que é capitalista

Com o dinheiro emprestado

Vive pagando juros e aluguel o coitado

O risco é social, precisa ser evitado

Cultura e educação é um perigo danado

Para manter a escravidão

O escravo é conformado

Não pode ter consciência

De que está sendo explorado

Se assim tiver vai ficando

Cada vez mais revoltado

Precisa viver pensando

Que ele está sendo ajudado

Faz tudo para o patrão

Fica devendo favor

Como se o trabalho dado

Fosse um gesto de amor.

domingo, 29 de março de 2020

NÃO FALEM MAIS DOS MORTOS



Não diga mais quantas pessoas morreram
De mil vai sobrar um milhão
Ouça apenas um louco
Desligue a televisão
Elas vão intoxicar sua mente
Intoxicar de informação.
Elas só mostram notícias tristes
Só falam de morte
Não mostram uma pessoa sorrindo na rua...
Mas não era para ter ninguém andando pela rua...
Mas ainda tem um louco sorrindo na rua!
O que mais enlouquece?!
Um vírus que nos obriga a parar?
O capitalismo que nos obriga a correr...correr...correr?
Por que temos que disputar tudo?!
Vamos ter que disputar agora até um leito de morte?
O que mais apavora nesse momento é ter que dividir
Em um sistema que nos obriga a somente multiplicar.


quinta-feira, 5 de março de 2020

Uma interpretação para a música Flores, dos Titãs

Somente o autor sabe e pode dizer exatamente o que estava sentido quando escreveu a letra. As pessoas fazem abstrações de ideias. A arte está nesse caso em deixar uma livre interpretação e a mensagem passada dá margens para interpretações variadas. Em pesquisas de opiniões postadas em redes sociais pode ser encontrado interpretações que concentram a ideia de alguém que cometeu suicídio ou por questão de drogas ou depressão. Particularmente imagino alguém que possa ter um desses problemas (dependência de drogas ou depressão) que pára em um momento da vida e passa horas refletindo sobre o próprio fim "Olhei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho" . Você tem um problema e se vê passível de cometer suicídio por causa disso e começa a imaginar você morto sendo velado em um caixão com todas as flores como é usual em um velório e isso causa dor. Uma dor que pode curar toda a lástima que é um sentimento de pena e essa mesma dor vai também fechar os cortes causa da morte e ajudar a superar toda a situação que estava levando ao desespero. Essa é minha interpretação. Você pode interpretar de forma diferente e isso torna a música uma obra fascinante.

https://www.letras.mus.br/titas/48974/

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A FALSIDADE

Quem não inspira confiança
Por não ter um bom coração
Na palavra não é verdadeiro
Fala sempre com outra intenção
É lobo na pele de cordeiro

Vivendo de enganação.

O SISTEMA


O sistema é foda
Se você vai contra o sistema ele poda
Poda suas asas se pensa em voar
O sistema cobra
Tanto que ele cobra nunca tem de sobra
Até a sua alma ele quer tributar
O sistema é obra...
Obra de uma elite dominante à dominar

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

PESSOAS SUBTRAÍDAS

"Martins Pescador"

Milhões de pessoas excluídas do processo social, passando fome!
Vistas apenas como números em uma conta normal, na matemática do homem!
O saldo positivo do PIB não é percebido pelo indivíduo que foi subtraído...Esquecido!
Um saldo negativo enfurece uma classe dominante que proclama um levante...E se apossa do poder!
Para esta, qualquer um por cento, é muito à perder!
Mas se o PIB sobe, o rico se farta e não se importa se a favela se alarga!
Enquanto mais aumento na riqueza, menos o rico sente a pobreza...
Uma estatística insensível marginaliza o invisível ser humano
Representado por uma...  "porcentagem"!

sábado, 2 de junho de 2018

UMA NOITE DE 64


Teve uma noite no caminho
Longe da luz na escuridão
Eu tive que andar sozinho
Medo invadiu meu coração

Tinha uma noite no caminho
Que durou todos os outros dias
Sentia medo tão sozinho
Quando um poder me perseguia

Às vezes eu fui torturado
Para contar o que eu sabia
Eu tive que sofrer calado
Esperando voltar o dia

Em uma noite anos passando
Coisas que o povo não queria
Uma noite que foi demorando
Retornar a democracia

Demorou tanto p´ra passar
Noite em que a gente não dormiu
Demorou tanto p´ra acabar
Os que dormiram no Brasil

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A AULA DO PROFESSOR

A AULA DO PROFESSOR

 Martins Pescador
O professor vai preparar mais uma aula
Para poder melhor, no outro dia ensinar
Aluno sai, vai para festa, para o bar
Em outra aula, com sono, vai cochilar
O professor vai preparar mais uma aula
Para poder melhor, no outro dia ensinar

O deputado vai fazer um projeto
Governador vai preparar o orçamento
O presidente por um golpe encoberto
Uma bancada que lhe prestou juramento
Recursos do ensino eles vão juntos cortar
Se professor faz greve e pede aumento
Polícia nele com gás lacrimogênio
O professor vai fazer mais uma extensão
Buscando um melhor aprimoramento


O presidente vai cortar a educação
Não é prioridade da economia não
Foi promessa, fruto até de juramento
O dinheiro é pra festa do parlamento
E se virar tema de aula é de esquerda o sentimento

Escola sem partido pra não falar de ladrão

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

NA MEDIDA CERTA


"Martins Pescador"

Não quero chuva demais
Mas também não quero seca
Vivo em clima quente e úmido
Terra que nunca secou
Não sei o que acontece que o clima desregulou
Vi  gente de minha terra xingar povo nordestino
De preguiçoso e vadio
Parece que o xingamento ofendeu Nosso Senhor
Que está mudando destino
trazendo a seca pra cá, baixando o nível do rio
Já vejo passar do tempo que se costuma plantar

E quem trabalhava tanto,  já não quer mais trabalhar!

domingo, 28 de maio de 2017

POEMA QUE SÓ O TEMPO PODE CONCLUIR

Está perdendo a oportunidade de ter um amor
O tempo está passando e você não percebe
O sol está castigando sua epiderme
Daqui a pouco as rugas aparece
e você esquece que um dia sonhou!

            "Martins Pescador"

sábado, 14 de janeiro de 2017

POR OPÇÃO

A balada me cansa
Prefiro a vida caseira
Assim a paz me alcança
Longe de tanta zoeira

"Martins Pescador"

quinta-feira, 21 de maio de 2015

UM POETA, PROFESSOR E ALUNO, FALANDO COM BETO RICHA

(Uma referência ao dia 29 de abril 2015 e outros fatores)

Beto Richa, Beto Richa... Vou ser aqui curto e grosso
Que a conversa não se espicha
Professor quer teu pescoço
E nós alunos, do médio e superior
Sabemos o que perdemos
Com esse ano de horror
Nunca mais esqueceremos
Do péssimo governador
Se candidato, mais uma vez ainda fores
Nós alunos e professores
Em ti jamais votaremos
A união é mais forte, mais forte até que a morte
O dia 29 não foi seu dia de sorte
Lá não morreu professor, não morreu a educação
O que morreu no 29 foi tua reputação
E não foi só no Paraná, foi no Brasil, foi no mundo!
Além, têm outras denúncias que te põe irregular
É feio querer ficar!
Sei que perguntas: - E agora?!
Ninguém mais te quer por perto
                                                 Dá mais uma de esperto
Sai fora!  E pela porta dos fundos!


"Martins Pescador"

sábado, 7 de junho de 2014

NÃO SE COMPRA NEM SE PAGA

QUERIA ENCONTRAR NA VIDA
PAZ, AMOR, FELICIDADE
SAIU ANTES DO SOL
EM BUSCA DOS TRÊS VALORES
TANTO EMPENHO, TANTA DEDICAÇÃO, TANTA ANSIEDADE
QUE ESQUECEU DOS AMORES
SEM OS QUAIS NUNCA HOUVE PAZ
NUNCA FELICIDADE
PARA GANHAR O QUE PERDEU TENTANDO ENCONTRAR
BASTAVA APENAS FICAR ENTRE OS SEUS
IGNORANDO A PRÓPRIA AMBIÇÃO

sábado, 3 de maio de 2014

VENTO DOCE

Vento doce traz saudade
Cheiro do perfume dela
Um cheiro de eternidade
Grudado em alma singela

Vento doce na memória
Lembrança viva do tempo
Tempo que já foi embora
Só vem lembrança no vento

terça-feira, 25 de junho de 2013

ACORDA QUE O BRASIL ESTÁ JOGANDO

Dormia em berço esplêndido no coração do mundo
Ao lábaro estrelado, o gigante acordou de um sono profundo
Por causa de centavos, de milhões em dispêndios para o povo pagar
Profetas anônimos a profetizar
Através do futebol o Brasil vai mudar
Educação, saúde, transporte, segurança... A FIFA mostra o padrão
A bola pode rolar, mas o "juíz" tem que apitar
Expulsar de campo, quem não entrou para jogar
Essa copa que nos despertou esperança
Não vai ser minha, nem sua
Pois seremos torcedores na rua
Buscando assistir a mudanças


sábado, 22 de junho de 2013

GIGANTE ADORMECIDO



“GIGANTE ADORMECIDO”

Martins pescador


Gigante verde que perdeu a cor
Façam silêncio p`ra não acordá-lo
Dorme tranqüilo no inquieto labor
Quando governos estão a roubá-lo.


Altos impostos são nossas divisas
Milhões... milhões, quem pode calcular?

Nossa pobreza não se ameniza
Tantos milhões aonde vão parar?!

Dorme, Gigante! Não pode acordar!
Ainda há o bastante, para te roubar!

Gigante verde de riquezas tantas
Não tens mais o verde, mesmo assim encantas
Ainda tens riquezas que de ti emanam!

Cantam os políticos, canções de ninar
Para o Gigante dormir e não acordar
E enquanto ele dorme, eles possam roubar.


São milhões... e milhões! Ninguém pode contar!
São os mesmos ladrões, que estão sempre a roubar!

Dorme Gigante, dorme tranqüilo
Num sono brilhante, perdendo teu brilho
Que um outro gigante te pôs a dormir.
Roubou-te o bastante, nem pudeste sentir.


Dorme Gigante e sonhas talvez
Que o povo é feliz, nesse sono profundo
Dorme Gigante ou acorda de vez
Descobre o que perdes a cada segundo.

Lindo Gigante, na sombra dormiste
Acorda! Acorda! Que a sombra sumiu!
Começaram roubando o teu Pau-brasil
Roubaram!... Roubaram!... Dormiste, não viste?!

Continuas dormindo e o sol a brilhar!
Riquezas sumindo, estão a roubar!
Acorda Gigante, dormiste demais!
Levanta e faze justiça e paz!

Porões tão escuros
Raposas vorazes
Com leis como escudo
Quantos Satanazes!

Dorme Gigante, sereno respiras
Ladrões elegantes, riquezas te tiram
Quem és, ó Gigante, que o povo admira?!
Que sono frustrante! Respiras... Suspiram...

Impeachment e C.P.I., te fizeram cócegas
Continuas a dormir. Que sono profundo!
Acorda, Gigante, e vê num instante
Riquezas que perdes, a cada segundo.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PROCURANDO POR NO GRÁFICO

                                               
  Martins Pescador

Às vezes penso que não sou poeta
Que sou apenas punheta
Perdido no orgasmo
Que me provoca a letra
Mas somente aquela que é bem escrita
Como as curvas da mulher bonita
Que me seduz e me engravida
Que me faz dar à luz novas escritas
Pensamentos aos milhares
Que procuro organizar
Em gráficos lineares


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O PERFIL

Martins Pescador 


Quem poderia descobri-lo
No meio da multidão
Onde todos se enquadravam
Na mesma percepção

Os seus movimentos bruscos
Que chamaram atenção
Um elemento diferente
No meio da multidão

O líder reconhecido
No meio da multidão
Se falar vai ser ouvido
Sem sofrer contestação

E aonde quer vai ser seguido
P´ra fazer revolução.

sábado, 17 de setembro de 2011

FRUTO DE NOSSAS FRAQUEZAS

Martins Pescador

Nós não falamos com nossos filhos
Não temos tempo para ouvi-los
Histórias deles não nos interessam
Quando se arrasta um dedo em um gatilho
Se o tiro acerta em um de nossos filhos
É uma lástima de violência
Que não entende a nossa inteligência
Mas muito antes de perdê-lo à morte
Ficamos órfãos ao perdê-lo ao mundo
Que talvez também nos escapou a sorte
De um pai mostrar-nos seu amor profundo
Os nossos filhos vão escapando
Não na distância, mas no sentimento
O nosso sangue vai se esgotando
A nossa voz vai se perdendo ao vento
A nossa face vai perdendo a cor
Não somos pais se não parimos junto
Com nossos filhos, também nosso amor!

sábado, 16 de julho de 2011

A ASA BRANCA E AS PALMEIRAS DO SERTÃO



Martins Pescador

Minha terra tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá
Aqui não gorjeiam aves
Lá podiam gorjear
(G. Dias (lá por 2100)

O sabiá das palmeiras
Nunca pensou em faltar
O galho de uma palmeira
Aonde pudesse pousar

Fosse ele o responsável
Estaria ainda a cantar
Sem nunca ter nem pensado
Noutra medida tomar

Que mal seu canto nunca fez
Ao galho onde pousou
Fosse dele a decisão
Não faria o sol como fez
Da terra um seco torrão

Que saudade da palmeira
Saudade do sabiá
Saudade da terra úmida
A seca nada nos dá

Nações de todo o mundo
Cantando em coro uníssono:
Asa branca bateu asas
E voou para o sertão
Não tinha água, não tinha nada
Morreu de sede, meu alazão!
(L. Gonzaga)

Carta de descobrimento disse a El Rei:
-          aqui nessa terra tudo que se planta dá
(Pero Vaz de Caminha)
E a última carta será quem escreverá
Dizendo aos “sobreviventes” não há mais que se plantar!

Não foi o bandido
Nem o vagabundo
Mas o homem santo1
Que acabou com o mundo!

O crime daqueles são coisas pequenas
Ante os crimes destes de expansão terrena

O apocalipse agora é provado
Cientificamente reanunciado
Não há mais no mundo o que se fazer
É irreversível vai acontecer

Os nossos esforços são para prolongar
Os nossos sofrimentos a se acumular

Agora é só Deus quem pode resolver
Se perdoa o homem
Se o deixa sofrer

Quem sabe o homem em seu saber profundo
Não se iguale a Deus para refazer o mundo

Faça do nada surgir nova terra
Tão magnífica como a que encerra

Toda esperança em uma nova Criação
Que não possa ser vencida
Pela nossa ambição!

Será que o homem vai escolher um canto tórrido do deserto em insolação?!
Será que vai preferir o canto alegre das campinas verdejantes?!
Tanto poder na destruição!
Tanta falta de recursos e iniciativas na reconstrução!
Crucificação da humanidade
Com a madeira construímos a nossa cruz
Senhor! Por que nos abandonastes?!

A palmeira sem reposição
O canto do sabiá foi em vão!
Asa branca bateu asa
Voou procurando casa
Mas casa não tinha não!

Todos sofremos na vida
Por causa da palmeira caída

Eu ponho ponto final
Porque o clamor é sem fim
Cantei pela asa branca!
Sabiá cantou por mim!

1Colonizador, homem de posse, de  “bem”  normalmente seguidor de uma religão e principal  responsável pelo desenvolvimento e progresso.

sábado, 4 de junho de 2011

NUNCA VI, NEM COMI, EU SÓ OUÇO FALAR

NUNCA VI, NEM COMI, EU SÓ OUÇO FALAR
Martins Pescador

A beira do Rio Cavernoso
Nasceu um sujeito feioso
Mistura de indio com branco
Ninguém sabe se foi prazeroso

Não sei se do branco ou da india
De quem herdou tanta feiúra
Se era feia a pobre criatura
Eram os pais mais feios ainda

Logo que posto no mundo
Um cacique velho e morimbundo
Já lhe deu a sentença de morte
Que p´ra ser um guerreiro da tribo
Precisava ser belo e forte

A mesma mulher que o pariu
P´ra não vê-lo jogado no rio
Sem nem mesmo um nome lhe dar
Pegou o filho nos braços
E com o coração em pedaços
Levou para o branco cuidar

O branco que era sozinho
O que era feio achou bonitinho
Deu água, comida e carinho
Salvando a vida do pobre indiozinho

Ninguém sabe qual a plenitude
Dos seus feitos de infância e de juventude
É sabido que aos dezoito anos
Alistou-se para ser militar
Fez as malas, ajuntou os seu panos
Foi ao exército aprender a marchar

Ninguém sabe se lá destacou-se
Quanto tempo conseguiu ficar
Hoje, velho ele conta as histórias
Do tempo em que foi militar

Eu nem sei se de fato existiu
Peço dele ninguém nunca viu
Eu só conto o que ouvi falar
Se um dia encontrares com ele
Muitas histórias ele vai lhe contar
Faça conta que acredita nele
Não deixe ele te enganar

Meio por cima é que eu conto essa história
Sem o nome poder revelar
Que esse cara é na minha memória
Semelhante com o Caviar
Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar!



quarta-feira, 13 de abril de 2011

CIÊNCIAS GENÉTICAS


Martins Pescador


O Criador prometeu a vida eterna
Mas tudo morre na verdade
A criatura vai superar o Criador
E conquistar enfim a eternidade